terça-feira, 21 de junho de 2011

Inverno começa com dias mais quentes no Sul e Sudeste

SÃO PAULO - O inverno começa às 14h16m (horário de Brasília) desta terça-feira, mas nos próximos 10 dias o frio não será tão intenso quanto o das últimas cinco semanas na região Sudeste. Segundo a meteorologista Josélia Pegorim, um bloqueio atmosférico mantém as massas de ar polar retidas na Argentina nos primeiros dias do inverno.
- Depois de cinco semanas de temperatura baixa, nos próximos dias teremos até sensação de mais calor. Teremos outra massa de ar polar intensa apenas na segunda quinzena de julho - explica Josélia.
Segundo a meteorologista, o período de noites mais longas - quando o sol nasce mais tarde e se põe mais cedo - começou no último dia 13 e vai até o dia 23, que é a próxima quinta-feira.
Entre o fim de maio e começo deste mês, o frio foi intenso no Sul e Sudeste, com registro de temperatura até 7,9 graus abaixo de zero em Urupema (SC), segundo dados do EPAGRI-CIRAM.
Josélia diz que as massas de ar frio continuarão a provocar quedas acentuadas de temperatura no Sul, Sudeste e Centro-Oeste e, no fim de julho, deve atingir a Região Norte do país, repetindo o fenômeno conhecido na região como "friagem". Em agosto, há previsão de geada na Região Sul.
No Sudeste e na área central do país o problema será a baixa umidade relativa do ar, comum nesta época do ano, com valores inferiores a 20%.
Confira a íntegra da previsão feita pela Climatempo para cada região:
SUL
No Sul 6 frentes frias passam rapidamente pelo Rio Grande do Sul e não provocam muita chuva. O total acumulado fica um pouco abaixo da média em toda a Região. A previsão é de cinco massas polares, que provocam intenso resfriamento. Há previsão de geadas em toda a Região, com forte intensidade, especialmente no meio e no fim do mês.
A fraca atuação das frentes frias no mês de agosto deixa o total acumulado abaixo da média na maior parte das áreas. Apenas o sudeste gaúcho pode registrar mais chuva que o normal. São esperados seis sistemas frontais, e apenas uma deles deve provocar chuva forte no Rio Grande do Sul na terceira semana do mês. Apenas uma massa de ar polar é forte, e ocorre formação de geada na segunda semana do mês.
Em setembro, a passagem de sistemas frontais contribui para a ocorrência de chuvas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, mas o total acumulado fica um pouco abaixo do normal. A temperatura fica acima da média em toda a Região.
SUDESTE
No Sudeste a chuva fica acima da média no leste de São Paulo em Julho, por conta do avanço de cinco frentes frias. Nas outras áreas a chuva fica perto do normal, o que, nesta época do ano, significa pequenos volumes acumulados. As frentes frias vêm acompanhadas de massas polares de forte intensidade, e não se descarta a possibilidade de formação de geada, especialmente na última semana do mês. As áreas mais prováveis para a formação de geada são o oeste e o sul de São Paulo e a Serra da Mantiqueira.
Em Agosto quase não chove e as maiores deficiências de chuva ficam no sul e no oeste de São Paulo. Na segunda quinzena podem ser registrados valores de umidade relativa do ar inferiores a 20% em diversas localidades. O mês começa frio, com a influência de uma forte massa de ar polar, que pode até provocar a formação de geada nas áreas mais altas da Serra da Mantiqueira, mas as demais massas polares que atuam na Região ao longo do mês são fracas e a temperatura fica um pouco acima do normal.
No Sudeste as frentes frias chegam fracas e causam chuva irregular. Mesmo assim, toda a Região tem chuva normal a acima da média em Setembro, com a indicação de início do período chuvoso na época normal. A temperatura fica acima da média.
CENTRO-OESTE
No Centro-Oeste chove pouco em Julho, mas a passagem de pelo menos duas frentes frias provoca alguma chuva em Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso. As massas polares que acompanham as frentes frias são fortes, e há previsão de formação de geada no sul da Região. Os maiores resfriamentos ocorrem na segunda e na última semana do mês.
Praticamente não chove na maior parte das áreas neste mês de Agosto, e as poucas pancadas observadas deixam o total acumulado um pouco acima da média histórica no sul de Mato Grosso e no sul e no nordeste de Goiás. Nas outras áreas a chuva varia entre normal e ligeiramente abaixo da média. A temperatura fica mais alta com relação ao mês de julho e apenas uma massa de ar polar é significativa, no começo do mês.
Em Setembro chove bastante em Goiás e no Distrito Federal, especialmente na segunda quinzena do mês, colocando fim ao período de estiagem do inverno. Nas outras áreas a previsão é de chuva normal a um pouco acima da média. A temperatura fica acima da média em todas as áreas, e a expectativa é de calor.
NORDESTE
No Nordeste a maior parte da chuva ocorre em Sergipe e no leste de Alagoas, associada à formação de áreas de instabilidade ao largo do litoral da Região. Chove mais que o normal também no oeste de Pernambuco e no sul do Maranhão. Já na faixa norte da Região, no Rio Grande do Norte, na Paraíba, no centro-leste de Pernambuco e no sul da Bahia a chuva fica abaixo da média. De forma geral, na maior parte das áreas, chove dentro dos padrões de normalidade.
No Nordeste ainda ocorre formação de áreas de instabilidade, mas a entrada de ondas de leste na faixa leste da Região (entre Pernambuco e Rio Grande do Norte) é irregular. A previsão é de chuva perto do normal em toda a Região.
No Nordeste a chuva volta a ocorrer com grandes volumes no Maranhão e o total acumulado fica acima da média. No norte do Piauí, no Ceará e no centro-oeste da Bahia a previsão é de chuva perto do normal. Nas outras áreas a previsão é de chuva e de temperatura de normal a ligeiramente acima da média.
NORTE
No Norte apenas Roraima, o noroeste do Pará, o sul do Amapá e o centro do Amazonas ainda terão chuva acima da média neste mês de julho. Nas outras áreas, a chuva varia de abaixo à próxima da média histórica. As massas polares entram com freqüência no sul da Região e o maior resfriamento ocorre na última semana do mês, quando se observa o fenômeno da friagem.
Em Agosto, a chuva fica abaixo da média no norte e no leste do Amazonas. Em todas as outras áreas ocorre formação de algumas áreas de instabilidade e a previsão é de chuva normal. Não ocorre friagem.
No Norte a chuva fica muito acima da normal climatológica no Tocantins, no Pará, no Amapá, em Rondônia e no oeste do Amazonas. As outras áreas têm chuva normal a abaixo da média, o que significa menos de 50 mm acumulados no Acre e em Roraima.

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