Catarinense de Joaçaba integra equipe de fuzileiros navais americanos
Alexandre Danielli ajudou na reestruturação do Afeganistão
Alexandre Danielli ajudou na reestruturação do Afeganistão
Alguns dólares no bolso e o sonho americano na cabeça. A história do primeiro catarinense veterano da Guerra do Afeganistão começou em 2003, quando Alexandre Danielli, 29 anos, resolveu tentar a sorte nos Estados Unidos.
Integrante da equipe de fuzileiros navais americanos, Danielli passou férias na casa da família em Joaçaba, no Meio-Oeste do Estado. Ele embarcou de volta aos Estados Unidos na sexta-feira. Mas, antes disso, contou todas as dificuldades que teve para atuar como tradutor em missões de paz.
O fuzileiro domina seis idiomas e revela que a mais marcante atuação começou em junho de 2010, quando foi enviado ao Afeganistão. A tarefa era ajudar a reestruturar um país em guerra, com uma população extremamente carente e com costumes bem diferentes.
Ele afirma que não pode dar muitos detalhes sobre as ações desenvolvidas no local, mas informou que três marines foram enviados ao país para desenvolver atividades em estados que fazem fronteira com o Irã e o Paquistão.
— Nossa missão era restabelecer a economia e ajudar na construção de escolas, clínicas, estradas, trazendo mais emprego para a região, especialmente porque o grande motivo deles entraram na Al-Qaeda ou no Talibã é o desemprego — conta.
Os soldados eram impedidos de interferir nas questões culturais do local onde serviam. O fuzileiro conta que a intenção americana era levar novas formas de emprego ao país. Ideias utilizadas no Meio-Oeste catarinense, como as cooperativas agrícolas, foram colocadas em práticas durante as missões.
Só que, para fazer o trabalho e ser aceito pelos moradores locais, os fuzileiros precisaram, além de apresentar projetos, aprender o idioma local, o pashtu. Só depois de aprender a língua é que as ações começaram a dar resultados.
Danielli passou oito meses no Afeganistão, voltou para os Estados Unidos e, por causa das missões de guerra, conseguiu férias para visitar os parentes no Brasil.
Somente dois brasileiros foram enviados para o conflito. O próximo destino do fuzileiro deve ser o Japão, para dar apoio às vítimas do tsunami. Depois disso, os passos ainda são incertos. Em julho de 2012, o contrato com os fuzileiros termina.
Marine há três anos nos EUA
Danielli conseguiu integrar o grupo de fuzileiros há três anos. Ele faz parte do US Marine, como é denominado o grupo. Ele recorda que demorou um ano para conseguir passar nas provas teóricas e no teste físico.
— Além dos testes, eles investigam todo o teu passado até o histórico médico. Para entrar no Marine você não pode ter quebrado sequer um osso do corpo — comenta.
Os três primeiros meses na força americana foram marcantes para o catarinense. São 90 dias de isolamento em que o recruta fica impedido de manter contato com a família e passa por treinamentos militares difíceis. Conforme Danielli, os testes funcionam como uma espécie de reconstrução do indivíduo. Nessa etapa, os valores do grupo também são repassados aos integrantes.
ClicRBS
Integrante da equipe de fuzileiros navais americanos, Danielli passou férias na casa da família em Joaçaba, no Meio-Oeste do Estado. Ele embarcou de volta aos Estados Unidos na sexta-feira. Mas, antes disso, contou todas as dificuldades que teve para atuar como tradutor em missões de paz.
O fuzileiro domina seis idiomas e revela que a mais marcante atuação começou em junho de 2010, quando foi enviado ao Afeganistão. A tarefa era ajudar a reestruturar um país em guerra, com uma população extremamente carente e com costumes bem diferentes.
Ele afirma que não pode dar muitos detalhes sobre as ações desenvolvidas no local, mas informou que três marines foram enviados ao país para desenvolver atividades em estados que fazem fronteira com o Irã e o Paquistão.
— Nossa missão era restabelecer a economia e ajudar na construção de escolas, clínicas, estradas, trazendo mais emprego para a região, especialmente porque o grande motivo deles entraram na Al-Qaeda ou no Talibã é o desemprego — conta.
Os soldados eram impedidos de interferir nas questões culturais do local onde serviam. O fuzileiro conta que a intenção americana era levar novas formas de emprego ao país. Ideias utilizadas no Meio-Oeste catarinense, como as cooperativas agrícolas, foram colocadas em práticas durante as missões.
Só que, para fazer o trabalho e ser aceito pelos moradores locais, os fuzileiros precisaram, além de apresentar projetos, aprender o idioma local, o pashtu. Só depois de aprender a língua é que as ações começaram a dar resultados.
Danielli passou oito meses no Afeganistão, voltou para os Estados Unidos e, por causa das missões de guerra, conseguiu férias para visitar os parentes no Brasil.
Somente dois brasileiros foram enviados para o conflito. O próximo destino do fuzileiro deve ser o Japão, para dar apoio às vítimas do tsunami. Depois disso, os passos ainda são incertos. Em julho de 2012, o contrato com os fuzileiros termina.
Marine há três anos nos EUA
Danielli conseguiu integrar o grupo de fuzileiros há três anos. Ele faz parte do US Marine, como é denominado o grupo. Ele recorda que demorou um ano para conseguir passar nas provas teóricas e no teste físico.
— Além dos testes, eles investigam todo o teu passado até o histórico médico. Para entrar no Marine você não pode ter quebrado sequer um osso do corpo — comenta.
Os três primeiros meses na força americana foram marcantes para o catarinense. São 90 dias de isolamento em que o recruta fica impedido de manter contato com a família e passa por treinamentos militares difíceis. Conforme Danielli, os testes funcionam como uma espécie de reconstrução do indivíduo. Nessa etapa, os valores do grupo também são repassados aos integrantes.
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