(destak TV)
O Conselho de Segurança da ONU debateu ontem pela primeira vez a possibilidade de criar uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, numa tentativa de evitar que o ditador Muamar Kadafi utilize aviões e helicópteros para atacar forças rebeldes. China e Rússia mostraram-se reticentes à medida e o debate foi adiado para uma nova sessão que deve ser realizada ainda nesta semana.
A proposta foi levada ao conselho por França e Reino Unido com o endosso da Liga Árabe. De acordo com o embaixador russo Vitaly Churkin, vários integrantes do organismo pediram mais detalhes sobre o funcionamento da zona da exclusão antes de aprovar o tema. Entre os países que solicitaram mais detalhes está o Brasil.A embaixadora americana Susan Rice afirmou que os EUA são favoráveis à zona de exclusão aérea, mas defendem o debate de uma intervenção mais ampla. Segundo ela, só o fechamento do espaço aéreo não será suficiente para pôr fim à violência contra os opositores de Kadafi.
Nova ofensiva
Enquanto o debate na ONU seguia, o ditador líbio lançou nova ofensiva contra os rebeldes. Ontem os alvos foram as cidades de Ajdabiyah e Zuwarah, esta última com cerca de 40 mil habitantes e a cerca de 120 km da capital Trípoli e próxima à fronteira com a Tunísia. De acordo com os rebeldes, o próximo alvo das forças leais a Kadafi deve ser Misratah, a maior cidade do oeste da Líbia, a 200 km de Trípoli, que ainda está nas mãos da oposição.

AP - Soldado líbio observa explosões