Associação dos bombeiros quer salário de R$ 2.900 para categoria e para PMs
A associação de cabos e soldados do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro se reuniu na noite desta quarta-feira (8) com representantes dos policiais civis e militares para elaborar novas propostas para a corporação. Segundo informações do presidente da associação dos bombeiros, Nilo Guerreiro, a prioridade é a libertação dos presos, mas já existe uma proposta para que o salário dos bombeiros e dos PMs seja de no mínimo R$ 2.900.
- É importante que haja um escalonamento vertical dos salários. A idéia é que o soldo [salários militares] seja superior aos R$ 622 pagos hoje em dia. Só assim conseguiremos um salário de R$ 2.900.
O escalonamento vertical decorre de uma tabela de escalas, a qual é estabelecida um valor referencial diretamente vinculado ao grau hierárquico da corporação.
A proposta, que será entregue nesta quinta-feira (9), ao comandante do Corpo de Bombeiro Sérgio Simões, pede que os representantes das associações possam participar das negociações com o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB).
- Nós queremos sentar juntos na hora de negociar. É importante as associações participarem.
O comandante dos bombeiros declarou que as propostas salariais deverão ser entregues até a próxima sexta-feira (10). Na terça-feira (7), a corporação determinou que não poderá atender ao pedido de aumento de salário, reivindicado pelos manifestantes.
- Na reunião de ontem, as pessoas se comprometeram a trazer uma nova proposta, já que a apresentada tinha discrepância entre os números.
Entenda o caso
Entenda o caso
Por volta das 20h da última sexta-feira (3), cerca de 2.000 bombeiros - muitos acompanhados de mulheres e crianças - ocuparam o Quartel Central da corporação, no centro do Rio de Janeiro. O protesto, que havia começado no início da tarde em frente à Alerj (Assembleia Legislativa), durou toda a madrugada.
A principal reivindicação da categoria é aumento salarial de R$ 950 para R$ 2.000 e vale-transporte. A causa já motivou dezenas de paralisações e manifestações desde o início de abril. Seis líderes dos movimentos chegaram a ser presos administrativamente em maio, mas foram liberados.
O Estado