quarta-feira, 8 de junho de 2011

Associação dos bombeiros quer salário de R$ 2.900 para categoria e para PMs

A associação de cabos e soldados do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro se reuniu na noite desta quarta-feira (8) com representantes dos policiais civis e militares para elaborar novas propostas para a corporação. Segundo informações do presidente da associação dos bombeiros, Nilo Guerreiro, a prioridade é a libertação dos presos, mas já existe uma proposta para que o salário dos bombeiros e dos PMs seja de no mínimo R$ 2.900.
- É importante que haja um escalonamento vertical dos salários. A idéia é que o soldo [salários militares] seja superior aos R$ 622 pagos hoje em dia. Só assim conseguiremos um salário de R$ 2.900.
O escalonamento vertical decorre de uma tabela de escalas, a qual é estabelecida um valor referencial diretamente vinculado ao grau hierárquico da corporação.
A proposta, que será entregue nesta quinta-feira (9), ao comandante do Corpo de Bombeiro Sérgio Simões, pede que os representantes das associações possam participar das negociações com o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB).
- Nós queremos sentar juntos na hora de negociar. É importante as associações participarem.
O comandante dos bombeiros declarou que as propostas salariais deverão ser entregues até a próxima sexta-feira (10). Na terça-feira (7), a corporação determinou que não poderá atender ao pedido de aumento de salário, reivindicado pelos manifestantes.
- Na reunião de ontem, as pessoas se comprometeram a trazer uma nova proposta, já que a apresentada tinha discrepância entre os números.  
Entenda o caso
Por volta das 20h da última sexta-feira (3), cerca de 2.000 bombeiros - muitos acompanhados de mulheres e crianças - ocuparam o Quartel Central da corporação, no centro do Rio de Janeiro. O protesto, que havia começado no início da tarde em frente à Alerj (Assembleia Legislativa), durou toda a madrugada.
A principal reivindicação da categoria é aumento salarial de R$ 950 para R$ 2.000 e vale-transporte. A causa já motivou dezenas de paralisações e manifestações desde o início de abril. Seis líderes dos movimentos chegaram a ser presos administrativamente em maio, mas foram liberados.
O Estado

Espaço: Descoberta supernova mais brilhante - Nature

Londres, 09 jun (Lusa) - Astrónomos norte-americanos descobriram um novo tipo de supernova (explosão de estrelas), dez vezes mais brilhante do que os outros dois tipos, revela a revista científica Nature.
A radiação eletromagnética observada nas supernovas conhecidas até agora explica-se a partir da radioatividade emitida por elementos recém-sintetizados, habitualmente níquel, pelo calor libertado pela explosão e pela interação entre os fragmentos da estrela e o meio envolvente, rico em hidrogénio.
A equipa do astrónomo Robert Quimby observou um novo tipo de supernova, cujas propriedades não são explicadas por qualquer destes fatores.

Tabela periódica ganha mais dois elementos

Elementos de número 114 e 116, ainda sem nome, foram criados em laboratório

A tabela periódica acaba de ficar maior. Dois novos elementos químicos, de números 114 e 116, foram oficialmente reconhecidos por um comitê internacional de químicos e físicos.
Os novos elementos, que ainda não têm nome, duram menos de um segundo e se juntarão a substâncias famosas, como carbono, ouro, estanho e zinco.
No entanto o total de elementos conhecidos ainda está fixado em 114, porque os elementos 113 e 115 ainda não foram oficialmente reconhecidos, explicou Paul Karol, da Universidade Carnegie Mellon, que comandou o comitê que reconheceu as novas substâncias, com base em experiências feitas em 2004 e 2006, em um esforço conjunto de cientistas da Rússia e do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia.
Nos últimos 250 anos, novos elementos têm sido adicionados à tabela em média a cada dois anos e meio, disse Karol.
O comitê anunciou sua decisão na semana passada. Os cientistas do grupo foram convidados a submeter sugestões de nomes para os novos elementos. Seus números se referem à quantidade de prótons no núcleo de seus átomos.
Os novos elementos nasceram da colisão de elementos mais leves, explicou Karol. “É um átomo por vez,” disse, e eles existem por menos de um segundo antes de se desintegrarem, descreveu.
Último Segudo

Após defenderem a seleção, Elano e Neymar voltam a treinar

Convocados por Mano, os dois jogadores se apresentaram na tarde desta quarta-feira, no CT Rei Pelé

Após servirem a s eleção brasileira nos amistosos contra a Holanda e Romênia, o atacante Neymar  e o meia Elano  se apresentaram ao técnico Muricy Ramalho na tarde desta quarta-feira, no CT Rei Pelé. Os dois jogadores, inclusive, participaram do treino-técnico comandado pelo treinador.
Neymar foi titular nos dois jogos da seleção brasileira de Mano Menezes. Já Elano atuou com a camisa 10 no duelo contra a Holanda, em Goiânia, no último sábado. Porém, após o empate sem gols contra os holandeses, o meia perdeu a posição de titular para Jadson na partida contra a Romênia na última terça-feira, no Pacaembu.
Entretanto, os dois atletas e mais o meia Paulo Henrique Ganso foram convocados por Mano Menezes para disputar a Copa América da Argentina. Mano anunciou os convocados logo após a vitória por 1 a 0 diante da Romênia, na partida que marcou a despedida de Ronaldo com a camisa da seleção brasileira.
Elano e Neymar não marcaram presenças nas atividades pela manhã no CT Rei Pelé. Muricy promoveu um treino-tático com os jogadores reservas que enfrentarão o Cruzeiro no próximo sábado, em Sete Lagoas, pelo Campeonato Brasileiro. Já os titulares realizaram apenas um treino físico com o preparador Ricardo Rosa.

Presidente eleito do Peru chega amanhã ao Brasil

BRASÍLIA - Apenas quatro dias depois de ser eleito presidente do Peru, em uma das eleições mais disputadas da história do país, o nacionalista Ollanta Humala, de 48 anos, chega nesta quinta-feira(9) a Brasília, convidado anteontem (6) pela presidente Dilma Rousseff. Em ocasiões distintas, Humala elogiou o Brasil e disse ter como exemplo de liderança o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Eleito com uma diferença de pouco mais de 1% sobre a adversária Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), Humala enfrenta agora a desconfiança do
mercado econômico e dos empresários, que temem mudanças no sistema vigente. Ele é cobrado para definir logo a sua equipe econômica. A economia peruana cresce em média 8% ao ano. Mas um dia depois das eleições, a Bolsa de Valores de Lima registrou a maior queda da história, de 12,51%, e fechou mais cedo para evitar novas baixas.
Humala tentou afastar os temores, garantindo que vai se concentrar nos esforços para o crescimento econômico com inclusão social. O presidente eleito afirmou ainda que escolherá os melhores técnicos e intelectuais para compor a equipe de governo, estimulando a
economia aberta e de mercado para o fortalecimento interno.
Pelo último boletim, do Escritório de Processos Eleitores do Peru (cuja sigla em espanhol é Onpe), do total de 98% das urnas apuradas, Humala obteve 51,4% dos votos, nas eleições do último domingo (5), contra 48,4% destinados a Keiko. Foi a terceira vez que ele disputou as eleições presidenciais no Peru. É considerado um político próximo aos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales.
Assessores de Humala, no Peru, informaram que ele planeja passar o fim de semana no Brasil. O presidente eleito pretende visitar, na próxima semana, o presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, depois ir à Argentina encontrar com a presidenta Cristina Kirchner e ao Chile onde deve se reunir com o presidente Sebastián Piñera. Não há confirmações, por enquanto, que ele visite a Bolívia, Colômbia, Venezuela e o México.
DCI
Gleisi se despede do Senado e nega apelido de "trator"
Nova ministra-chefe da Casa Civil ressalta convivência democrática com a oposição

Mulher do também ministro Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann faz discurso e toma posse na Casa Civil nesta quarta-feira
A nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, fez um discurso de tom conciliador em sua despedida do Senado, nesta quarta-feira (8), para o qual foi eleita pelo Paraná no ano passado. Ao agradecer o convívio com os colegas, a petista falou em convivência democrática com a oposição.
Após se dizer grata ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), aos líderes do PT e do governo, Humberto Costa (PE) e Romero Jucá (PMDB-RR), respectivamente, além de Fernando Collor (PR-AL) e Delcídio Amaral (PT-MS), falou que “viver exposta com pontos de vista contraditórios é condição da vida parlamentar e democrática”.
- Quero manifestar também minha deferência aos integrantes da oposição. Todos foram adversários duros no debate. Mas prevaleceu sempre a convivência democrática.
Ela iniciou o discurso ressaltando a curta experiência que teve no Senado no debate de propostas. Em sua estreia, a senadora - que é casada com o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) - foi vista como firme defensora do governo.
Gleisi, porém, negou o apelido de “trator”. Disse que não considera essa uma boa metáfora política, já que sempre se dispôs a debater. Na terça-feira (7), ao falar à imprensa, a nova ministra disse que, ao contrário do antecessor Antonio Palocci, teria função mais ligada à gestão.
Ao falar sobre a escolha da presidente Dilma Rousseff para a Casa Civil, afirmou que assumir o cargo é “uma grande responsabilidade”. Disse que acredita no projeto da petista, “com desenvolvimento econômico inclusivo em que as pessoas são objetivo maior”.
- Quis Deus, através da presidenta, que eu ficasse ainda mais próxima para esse auxílio. Tenho muita clareza do tamanho dessa missão. A quem muito é dado, muito será cobrado.
Após o discurso de quase oito minutos, vários senadores de governo e oposição pediram para falar e parabenizar a nova ministra.
Mulher do ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, Gleisi foi eleita senadora no ano passado com 29% dos votos paranaenses, mais do que os 24% conseguidos pelo ex-governador do Estado, Roberto Requião (PMDB). Na Casa, ganhou o apelido de musa por sua elegância.

Supremo decide libertar Cesare Battisti

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, na noite desta quarta-feira, por 6 votos a 3, a libertação do ex-ativista italiano Cesare Battisti, cuja extradição é requisitada pela Itália.

                                 
Com a decisão, o Supremo confirmou medida tomada por Luiz Inácio Lula da Silva no último dia de seu mandato, em 31 de dezembro de 2010, quando o ex-presidente rejeitou extraditar o italiano.
Para a maioria dos ministros do STF, a decisão de Lula é um “ato de soberania nacional” que não poderia ser revisto pela corte.
“Se o presidente assim o fez (negou a extradição) e o fez motivadamente, acabou o processo de extradição”, alegou em seu voto o ministro Joaquim Barbosa.
Battisti, que está detido em Brasília, já recebeu do presidente do STF, Cezar Peluso, um alvará de soltura, pelo entendimento de que "não existem mais motivos para ele continuar preso pela extradição”, segundo informou a assessoria do Supremo.
Preso no Rio de Janeiro em 2007, o ex-ativista fora condenado à prisão perpétua em seu país por assassinato, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele alega ser perseguido politicamente pelas autoridades italianas.
A Itália havia entrado com um processo de extradição em maio de 2007, que foi negada em definitivo nesta quarta-feira, após ser analisada em diversas ocasiões pelo STF.
Por suas implicações diplomáticas e políticas, o caso é considerado um dos mais complexos a passar pelo crivo do Supremo.
Os seis votos a favor da libertação de Battisti foram dados pelos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.
Já Gilmar Mendes (relator do caso), Ellen Gracie e Cezar Peluso votaram contra.
Em seu voto, Mendes alegou que “no Estado de Direito, nem o presidente da República é soberano. Tem que agir nos termos da lei, respeitando os tratados internacionais”.
Os ministros Antonio Dias Toffoli e Celso de Mello não participaram do julgamento porque se declararam impedidos.
Reclamação rejeitada
Na mesma sessão, o plenário do STF também rejeitou a reclamação impetrada pelo governo da Itália, que pedia a revisão da decisão de Lula em 2010.
A reclamação italiana defendia que o veto de Lula descumpre decisão de 2009 do STF - quando a corte decidiu autorizar a extradição de Battisti – e fere o tratado de extradição entre Brasil e Itália.
Mas maioria dos ministros (6 votos a 3) do Supremo considerou nesta quarta-feira “incabível” a queixa do governo italiano, por questionar um ato de soberania do Poder Executivo do Brasil.
BBC/Brasil

BC sobe juro a 12,25% e reitera plano de ajuste longo

Isabel Versiani e Raymond Colitt
BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central elevou a taxa básica de juros em mais 0,25 ponto nesta quarta-feira, para 12,25 por cento ao ano, e indicou que o ciclo de aperto monetário que visa levar a inflação ao centro da meta em 2012 ainda não chegou ao fim.
A quarta elevação consecutiva da Selic veio em linha com o esperado pelas instituições financeiras e se dá em meio a sinais de desaquecimento da atividade e de uma desaceleração sazonal da inflação.
Em texto que acompanhou o anúncio da decisão unânime, o Comitê de Política Monetária reiterou mensagem sobre a necessidade de um ajuste monetário "por um período suficientemente prolongado".
Ao comentar que a alta dá seguimento ao processo de ajuste o comitê adicionou a expressão "gradual" para adjetivar o ajuste.
"Considerando o balanço de riscos para a inflação, o ritmo ainda incerto de moderação da atividade doméstica, bem como a complexidade que envolve o ambiente internacional, o comitê entende que a implementação de ajustes das condições monetárias por um período suficientemente prolongado continua sendo a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012", afirmou o BC em nota, praticamente idêntica à divulgada na reunião anterior de abril.
Para Clodoir Vieira, economista-chefe da corretora Souza Barros, o texto "dá a entender que o BC realmente está perseguindo a meta, pelo menos em 2012, e que dá para esperar um novo aumento da Selic em julho."
Em nota, a consultoria Rosenberg Associados afirmou que a mensagem do BC "dá a entender que há mais altas por vir, ou seja, esta não foi a última elevação deste ciclo".
Pesquisa feita pela Reuters junto a 21 instituições de mercado mostrou que todas esperavam um aumento de 0,25 ponto da Selic nesta quarta-feira. Com a nova alta, o BC já elevou a taxa básica em 1,5 ponto este ano, com dois aumentos iniciais de 0,5 ponto e outros dois de 0,25 ponto.