terça-feira, 7 de junho de 2011

Comandante do Corpo de Bombeiros diz que vai se reunir com líderes de movimento

Com discurso mais conciliador, coronel Sérgio Simões disse que levará reivindicações ao governador

Bombeiros continam protesto na Alerj; comandante diz que vai negociar reivindicações
O comandante do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, coronel Sergio Simões, vai se reunir com líderes do movimento da categoria às 19h desta terça-feira (7). Ele afirmou que quer ouvir as reivindicações dos bombeiros para poder repassar ao governador Sérgio Cabral (PMDB) um panorama real da situação.
Ao menos três líderes se comprometeram em comparecer à reunião, disse Simões. No entanto, oito líderes do movimento que reivindica melhores salários e condições de trabalho para a classe enviaram uma nota à Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) onde dizem que só negociam após a libertação dos bombeiros presos.
 O governador está sensível, quer atender as reivindicações, mas antes precisa saber o que estão querendo. Cada hora chega um dizendo que é líder [do movimento] falando alguma coisa. Ele quer que eu ouça e passe uma resposta concreta. Sou tão bombeiros quanto os presos e os que estão na Alerj [bombeiros estão acampados na escadaria do prédio]. Só quero cooperar.
Mesmo com um discurso conciliador, Simões voltou a dizer que nem ele nem Cabral têm poder para libertar os 439 bombeiros presos desde o último sábado (4) após invadirem o quartel central.
- Só cabe à Justiça Militar definir a soltura.
Nesta terça Simões visitou o grupamento do Corpo de Bombeiros em Botafogo, na zona sul do Rio, e disse ter ouvido dos membros da corporação de que os detidos deveriam ser transferidos para as unidades onde trabalham. Na sequência, Simões foi até o quartel em Charitas, Niterói, na região metropolitana, onde os militares estão presos. Ele diz que fez a proposta aos detidos, no entanto, os presos disseram que preferem continuar presos onde estão.
Entenda o caso
Por volta das 20h da última sexta-feira (3), cerca de 2.000 bombeiros - muitos acompanhados de mulheres e crianças - ocuparam o Quartel Central da corporação, no centro do Rio de Janeiro. O protesto, que havia começado no início da tarde em frente à Alerj (Assembleia Legislativa), durou toda a madrugada.
A principal reivindicação da categoria é aumento salarial de R$ 950 para R$ 2.000 e vale-transporte. A causa já motivou dezenas de paralisações e manifestações desde o início de abril. Seis líderes dos movimentos chegaram a ser presos administrativamente em maio, mas foram liberados.
R7/Rio de Janeiro

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