Brasília - O presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), classificou nesta terça-feira de "episódio passageiro" o incidente em que seu colega de partido, Roberto Requião (PR), irritado com uma pergunta, tirou o gravador de um repórter da Rádio Bandeirantes. Segundo Sarney, não se trata de uma agressão à liberdade de imprensa.
"É um episódio que podia não ter acontecido. É um problema de temperamento, acho que foi um atrito, mas acho que não tem essa conotação de uma agressão ao trabalho, à liberdade de imprensa. Acho que foi um episódio passageiro", disse Sarney. Logo após o ocorrido, na segunda-feira, Sarney havia dito que deveria ter ocorrido um "mal-entendido". "O senador Requião é um cavalheiro e não deve ter feito isso", afirmou na ocasião.
Requião admitiu em seu perfil na rede de microblogs Twitter ter tirado o gravador do repórter Victor Boyadijan e apagado a entrevista. O jornalista tentou registrar uma reclamação na Polícia Legislativa do Senado, mas foi informado que a atribuição seria da Corregedoria da Casa, por envolver parlamentar. Desde a morte do antigo corregedor, Romeu Tuma, em 2010, não foi escolhido outro senador para a função. No fim do dia, o jornalista registrou queixa na Polícia Federal (PF).
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