Japão em «alerta máximo» nuclear
Plutónio foi encontrado no solo junto à central de Fukushima. Iodo radioactivo encontrado no Japão, China e Coreia do Sul
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, assegurou esta terça-feira que o governo está em «estado de alerta máximo» para gerir os problemas da central nuclear de Fukushima, segundo a agência Jiji.
O responsável sublinhou que a situação na central continua «imprevisível», já que os sistemas de arrefecimento de vários reactores continuam avariados e verificaram-se múltiplas fugas radioactivas desde o sismo e tsunami de 11 de Março.
O Governo «vai atacar este problema num estado de alerta máximo», acrescentou o chefe do executivo nipónico, durante uma reunião da comissão orçamental do Senado.
Entretanto, segundo a agência «Reuters», as autoridades encontraram plutónio no solo próximo da central de Fukushima. Especialistas acreditam que algum do plutónio terá vindo do sistema de combustível do reactor danificado da central.
A TEPCO (empresa que gere a central nuclear), revelou que o material radioactivo foi encontrado em cinco locais da central, mas garante que os níveis de plutónio não são prejudiciais à saúde humana. Mas a agência de segurança atómica japonesa diz que, apesar de não ser perigoso para a saúde, não está «optimista». «Penso que a situação é preocupante porque significa que houve uma ruptura num dos mecanismos de contenção», afirmou Hidehiko Nishiyama, um dos responsáveis da agência.
Entretanto, como os engenheiros japoneses encarregues de lidar com o arrefecimento dos reactores da central nuclear passaram a utilizar água doce em vez de água do mar com receio de corrosão, junto a Fukushima foi detectado iodo muito radioactivo.
Um porta-voz do governo garantiu não haver para já «qualquer impacto na vida marinha». Acrescenta que os peritos dizem que «hipótese de impacto é muito remota mas que mesmo assim é preciso monitorizar com insistência».
E para atestar a veracidade das informações transmitidas pelo governo, sobre a radioactividade, a Greenpeace está a medir os arredores da central. «Estamos aqui em Tushima, a cerca de 35 quilómetros da central de Fukushima e a radiação é elevada. As pessoas a viverem aqui receberiam a dose anual em apenas alguns dias, quatro dias, e isso é inaceitável. Toda a gente devia ser evacuada desta zona¿, diz um activista.
Um perito em energia nuclear da Greenpeace diz que os níveis de radioactividade já permitem classificar o acidente com o nível 7, o máximo, idêntico ao de Chernobyl.
China e Coreia do Sul detectam iodo radioactivo
As autoridades ambientais chinesas voltaram a detectar «níveis extremamente baixos» de iodo radioactivo-131 na atmosfera, desta vez na costa leste e sul do país, proveniente da central nuclear de Fukushima, no Japão, anunciou a imprensa oficial.
Trata-se da mesma substância detectada sábado em Heilongjiang, província do nordeste da China, que fica a cerca de mil quilómetros de Sendai, a zona mais atingida pelo devastador tsunami de 11 de Março.
Os segundos vestígios de iodo radioativo-131 foram detectados na segunda-feira em Xangai, e nas províncias de Jiangsu, Zhejiang, Anhui, Guangdong e Guangxi.
Vestígios extremamente baixos de iodo radioactivo foram ainda detectados em Seul e noutros locais da Coreia do Sul, indicaram as autoridades do país, que decidiram testar os peixes pescados nas suas águas territoriais.
O Instituto coreano para a segurança nuclear indicou ter detectado vestígios de iodo 131 em Seul e em sete outros locais do país, mas essas quantidades são tão baixas que não apresentam no imediato qualquer perigo para a saúde pública e para o ambiente.
A Coreia do Sul começou sexta-feira a testar os peixes apanhados nas suas próprias águas, para verificar que não sofrem de qualquer contaminação radioactiva (césio, iodo e outras substâncias radioactivas), indicou o ministério da Agricultura.
O Governo «vai atacar este problema num estado de alerta máximo», acrescentou o chefe do executivo nipónico, durante uma reunião da comissão orçamental do Senado.
Entretanto, segundo a agência «Reuters», as autoridades encontraram plutónio no solo próximo da central de Fukushima. Especialistas acreditam que algum do plutónio terá vindo do sistema de combustível do reactor danificado da central.
A TEPCO (empresa que gere a central nuclear), revelou que o material radioactivo foi encontrado em cinco locais da central, mas garante que os níveis de plutónio não são prejudiciais à saúde humana. Mas a agência de segurança atómica japonesa diz que, apesar de não ser perigoso para a saúde, não está «optimista». «Penso que a situação é preocupante porque significa que houve uma ruptura num dos mecanismos de contenção», afirmou Hidehiko Nishiyama, um dos responsáveis da agência.
Entretanto, como os engenheiros japoneses encarregues de lidar com o arrefecimento dos reactores da central nuclear passaram a utilizar água doce em vez de água do mar com receio de corrosão, junto a Fukushima foi detectado iodo muito radioactivo.
Um porta-voz do governo garantiu não haver para já «qualquer impacto na vida marinha». Acrescenta que os peritos dizem que «hipótese de impacto é muito remota mas que mesmo assim é preciso monitorizar com insistência».
E para atestar a veracidade das informações transmitidas pelo governo, sobre a radioactividade, a Greenpeace está a medir os arredores da central. «Estamos aqui em Tushima, a cerca de 35 quilómetros da central de Fukushima e a radiação é elevada. As pessoas a viverem aqui receberiam a dose anual em apenas alguns dias, quatro dias, e isso é inaceitável. Toda a gente devia ser evacuada desta zona¿, diz um activista.
Um perito em energia nuclear da Greenpeace diz que os níveis de radioactividade já permitem classificar o acidente com o nível 7, o máximo, idêntico ao de Chernobyl.
China e Coreia do Sul detectam iodo radioactivo
As autoridades ambientais chinesas voltaram a detectar «níveis extremamente baixos» de iodo radioactivo-131 na atmosfera, desta vez na costa leste e sul do país, proveniente da central nuclear de Fukushima, no Japão, anunciou a imprensa oficial.
Trata-se da mesma substância detectada sábado em Heilongjiang, província do nordeste da China, que fica a cerca de mil quilómetros de Sendai, a zona mais atingida pelo devastador tsunami de 11 de Março.
Os segundos vestígios de iodo radioativo-131 foram detectados na segunda-feira em Xangai, e nas províncias de Jiangsu, Zhejiang, Anhui, Guangdong e Guangxi.
Vestígios extremamente baixos de iodo radioactivo foram ainda detectados em Seul e noutros locais da Coreia do Sul, indicaram as autoridades do país, que decidiram testar os peixes pescados nas suas águas territoriais.
O Instituto coreano para a segurança nuclear indicou ter detectado vestígios de iodo 131 em Seul e em sete outros locais do país, mas essas quantidades são tão baixas que não apresentam no imediato qualquer perigo para a saúde pública e para o ambiente.
A Coreia do Sul começou sexta-feira a testar os peixes apanhados nas suas próprias águas, para verificar que não sofrem de qualquer contaminação radioactiva (césio, iodo e outras substâncias radioactivas), indicou o ministério da Agricultura.
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