Um tesouro histórico no fundo do mar
Peças de um naufrágio ocorrido no século 16 são encontradas no Sul da Ilha de Santa Catarina
Peças de um naufrágio ocorrido no século 16 são encontradas no Sul da Ilha de Santa Catarina
Destroços do mais antigo naufrágio ocorrido na América no século 16 podem ter sido encontrados em Florianópolis. Ontem, uma pedra de cerca de 800 quilos foi retirada do fundo do mar, perto da Praia de Naufragados, no Sul da Ilha de SC. A peça, em formato quadrangular, foi esculpida em alto relevo com o escudo das armas da Espanha. Pesquisadores acreditam que o material é de um naufrágio de 1583.
Uma outra pedra, com inscrições em latim e citando o rei Felipe II da Espanha, além de dois ornamentos em formato circular, deverão ser retirados do mar em três semanas. Um canhão, com mais de três metros de comprimento, também permanece submerso. A retirada deve levar mais de um ano para acontecer, devido ao tamanho e ao peso. Na arma de guerra está marcado o ano de 1566.
A descoberta foi feita por mergulhadores do Projeto Barra Sul. O grupo faz pesquisas arqueológicas subaquáticas nas imediações da Praia de Naufragados, Pântano do Sul, Ponta do Papagaio e Praia do Sonho. A região é considerada o maior santuário de naufrágios no Brasil.
Entre os séculos 16 e 17, o Sul da Ilha era um ponto estratégico de abastecimento para os navegadores que serviam aos reinos de diversos países europeus e seguiam rumo ao Rio da Prata.
As pesquisas preliminares indicam que a embarcação La Provedora, que significa barco de carga, saiu da Espanha com os materiais que seriam usados para a construção de duas fortalezas no Estreito de Magalhães, no Chile. As pedras seriam postas em frente aos fortes para identificar a quem pertencia o local.
– Na época, os barcos paravam na baía Sul para se abastecerem de provisões e eram surpreendidos pela geografia acidentada da região e acabavam naufragando – explica o diretor do projeto, Gabriel Corrêa.
– É uma das descobertas mais importantes para a história de Santa Catarina, porque escreve outra página da colonização europeia no Brasil e vai agregar informações ao conteúdo histórico que já existe – considera a arqueóloga Deisi de Farias, que participa do projeto.
O naufrágio mais antigo registrado na América, até então, é do galeão Santíssimo Sacramento, que afundou na Bahia em 1668.
O material retirado do mar catarinense será levado ao Laboratório de Arqueologia da Unisul para dessalinização e higienização. Depois, deve ser encaminhado a um museu.
D C
Uma outra pedra, com inscrições em latim e citando o rei Felipe II da Espanha, além de dois ornamentos em formato circular, deverão ser retirados do mar em três semanas. Um canhão, com mais de três metros de comprimento, também permanece submerso. A retirada deve levar mais de um ano para acontecer, devido ao tamanho e ao peso. Na arma de guerra está marcado o ano de 1566.
A descoberta foi feita por mergulhadores do Projeto Barra Sul. O grupo faz pesquisas arqueológicas subaquáticas nas imediações da Praia de Naufragados, Pântano do Sul, Ponta do Papagaio e Praia do Sonho. A região é considerada o maior santuário de naufrágios no Brasil.
Entre os séculos 16 e 17, o Sul da Ilha era um ponto estratégico de abastecimento para os navegadores que serviam aos reinos de diversos países europeus e seguiam rumo ao Rio da Prata.
As pesquisas preliminares indicam que a embarcação La Provedora, que significa barco de carga, saiu da Espanha com os materiais que seriam usados para a construção de duas fortalezas no Estreito de Magalhães, no Chile. As pedras seriam postas em frente aos fortes para identificar a quem pertencia o local.
– Na época, os barcos paravam na baía Sul para se abastecerem de provisões e eram surpreendidos pela geografia acidentada da região e acabavam naufragando – explica o diretor do projeto, Gabriel Corrêa.
– É uma das descobertas mais importantes para a história de Santa Catarina, porque escreve outra página da colonização europeia no Brasil e vai agregar informações ao conteúdo histórico que já existe – considera a arqueóloga Deisi de Farias, que participa do projeto.
O naufrágio mais antigo registrado na América, até então, é do galeão Santíssimo Sacramento, que afundou na Bahia em 1668.
O material retirado do mar catarinense será levado ao Laboratório de Arqueologia da Unisul para dessalinização e higienização. Depois, deve ser encaminhado a um museu.
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