Justiça concede habeas corpus para ex-jogador Edmundo
A Justiça concedeu habeas corpus para o ex-jogador de futebol Edmundo, preso na madrugada desta quinta-feira, em São Paulo. A decisão, de acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio, é da desembargadora Rosita Maria de Oliveira Netto, da 6ª Câmara Criminal. O ex-atleta teve a prisão decretada por conta de um acidente de carro em dezembro de 1995, que terminou com três mortos e três feridos na Lagoa. O pedido de liberdade foi feito pelo advogado do ex-jogador, Arthur Lavigne, que alega que o crime já prescreveu.Por enquanto Edmundo permanece preso na 3ª Delegacia Seccional de Polícia de São Paulo, que fica no bairro de Pinheiros (Zona Oeste da cidade). Ainda não há informações de quando ele será solto. Edmundo foi detido de madrugada em um flat no bairro de Itaim Bibi (zona de sul da capital) por policiais paulistas que cumpriam um mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio. Os policiais receberam uma denúncia anônima por volta das 23h dizendo que o ex-jogador estava naquele local, que é o endereço fixo de Edmundo em São Paulo. Ele estava sozinho, não ofereceu resistência à prisão e ainda pôde tomar um banho antes de ir para a delegacia, onde chegou à 1h50m e prestou depoimento até as 4h30m.
O ex-atleta fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal da região da Ceagesp, também na Zona Oeste. Após o exame, Edmundo retornou para a delegacia e está em uma cela.O delegado Eduardo Castanheira, titular de Serviços de Investigações Gerais da 3ª Seccional Oeste da Polícia Civil de São Paulo, contou que Edmundo disse ter ficado surpreso com a chegada dos policiais paulistas.
"Fomos até o apartamento do Edmundo, tocamos a campainha e ele estava de pijama. Não ofereceu resistência. Ainda o autorizei a tomar um banho, antes de ir para a delegacia. Ele até deu alguns telefonemas para amigos e nos acompanhou com tranquilidade", disse o delegado.
Durante a quarta-feira, agentes da Polinter realizaram uma ação para cumprir o mandado de prisão contra Edmundo. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, os agentes passaram em cinco endereços e, no último, encontraram apenas a mulher e a secretária do ex-jogador, que foram informadas sobre a situação.
O ex-jogador de futebol e comentarista esportivo foi condenado em 1999 a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semi-aberto por homicídio culposo e lesão corporal culposa. A sentença que condenou o ex-jogador foi proferida pela 17ª Vara Criminal da Capital. Ele recorreu, mas a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio manteve a decisão no dia 5 de outubro de 1999. Em 2007, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a decisão que negou a suspensão condicional do processo do ex- jogador.
Edmundo foi condenado pelas mortes de Joana Maria Martins Couto, que estava no carro do jogador no momento do acidente, e de Alessandra Cristini Pericier Perrota e Carlos Frederico Brites Tinoco Pontes, que estavam no outro veículo envolvido no acidente. O jogador também foi condenado pelas lesões corporais provocadas em Roberta Rodrigues de Barros, Débora Ferreira da Silva e Natasha Marinho Ketzer.
Agência O Globo
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