Vice-prefeito de Campinas volta ao Brasil e é preso em aeroporto
Demétrio Vilagra (PT) é acusado de integrar organização criminosa e pedir propina a empresários da cidade paulista
O vice-prefeito de Campinas (SP), Demétrio Vilagra (PT), foi preso nesta quinta-feira ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Vilagra é acusado pelo Ministério Público de participar um esquema de fraudes em contratos públicos e estava em férias na Espanha, quando sua prisão foi decretada.
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Foto: AE Demétrio Vilagra deixa a sede da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos
O vice-prefeito estava foragido da Justiça desde sexta-feira sob acusação de integrar organização criminosa e pedir propina a empresários da cidade alegando que o dinheiro seria destinado ao "pagamento de dívidas de campanha". A acusação consta de declaração formal à Polícia e ao Ministério Público
Alfredo Ferreira Antunes e seu filho, Augusto, donos da Global, empresa de jardinagem, reconstituíram como teria sido a abordagem do petista. "Em certa ocasião encontrei-me com o Demétrio num churrasco que estava sendo realizado no barracão da minha empresa e ele me pediu um dinheiro para pagamento de dívidas. Segundo o Demétrio eram dívidas de campanha", afirmou Alfredo. Vilagra foi eleito em 2008 vice-prefeito na chapa de Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), prefeito de Campinas. O criminalista Ralf Tórtima, que defende Vilagra, pediu à Justiça revogação da ordem de prisão. Habeas corpus A 15ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu, nesta quinta-feira, habeas corpus para três acusados de envolvimento nas fraudes em Campinas. Dalton dos Santos Avancini, diretor da empreiteira Camargo Correa; Francisco de Lagos Viana Chagas, secretário municipal de comunicações e Aurélio Cance Júnior, diretor da Sanasa, tiveram seus pedidos de suspensão da prisão temporária atendidos pelo relator, desembargador Amado de Faria, que mandou expedir alvará de soltura em favor dos acusados. O empresário Pedro Luis Ibrahim Hallack, também diretor da empreiteira, teve o pedido de revogação da prisão julgado prejudicado, uma vez o prazo determinado para mantê-lo preso expirou na última terça-feira (24), não foi prorrogado e também foi libertado. * Com AE |
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