quinta-feira, 19 de maio de 2011

Morte reacende debate sobre PM na USPDESTAK
Equipe de segurança do campus é formada por cem homens; alunos relatam sensação de insegurança
O assassinato do estudante de ciências atuariais Felipe Ramos de Paiva, com um tiro na cabeça, no campus da USP no Butantã, reacendeu a discussão a respeito da segurança no local e da necessidade de maior presença da Polícia Militar para coibir crimes na instituição.
A segurança dentro do campus da USP é feita por cem guardas universitários desarmados. Apesar de não ser proibida a presença de PMs no local, muitos a desaprovam. "Fica para alguns uma certa aura de que polícia e campus não combinam", disse o reitor João Grandino Rodas em entrevista à emissora Estadão ESPN.
Em nota, os docentes defenderam a criação de bases da PM. O governador Geraldo Alckmin disse que a PM está à disposição para colaborar com a segurança, e o ex-secretário nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva afirmou ao eBand que uma atuação mais efetiva da PM deveria ser obrigatória.
Segundo o delegado Carlos Alberto Delaye Carvalho, titular da delegacia responsável pela apuração dos crimes no campus, além do assassinato e dos dois sequestros-relâmpago, ocorreram na USP desde o início do ano sete roubos de carros à mão armada. Para ele, esses números são considerados normais para o tamanho da área.

Criminalidade
A morte de Paiva fez com que o conselho que reúne representantes de diversas unidades repensasse um plano emergencial de segurança criado após uma reunião no último dia 3. Hoje ele será reavaliado.

Polícia Civil decreta sigilo sobre assassinato de aluno
Felipe Ramos de Paiva foi, por volta das 21h de quarta, ao estacionamento da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). Testemunhas disseram que ele foi seguido por uma pessoa após sair da aula e os dois discutiram.
As investigações sobre a morte ocorrerão sob sigilo, segundo disse a promotora Mildred Assis Gonzales ao G1. O intuito é preservar as testemunhas.
Ontem a Polícia Civil divulgou o retrato falado e imagens de câmeras de segurança do suspeito de matar o aluno. Uma testemunha que teria sido abordada pelos suspeitos em um ponto de ônibus teria ajudado na identificação.
Segundo Maíra Madrid, presidente do Centro Acadêmico da FEA, a insegurança vem aumentando há meses.


Alunos protestam no campus pela falta de segurança na USP
Pierre Duarte/Folhapress




Nenhum comentário:

Postar um comentário