segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vazamento de documentos de Guantanamo revelam detalhes sobre detentos
autor: alexandre
Um conjunto de documentos secretos das forças armadas dos EUA, vazado pelo WikiLeaks, mostra detalhes sobre quase todas as 779 pessoas que estiveram detidas na prisão de Guantanamo Bay, em Cuba.
Os documentos secretos, que foram publicados pelo New York Times e diversos outros jornais, revelam que a maior parte dos 172 prisioneiros remanescentes foram classificados como tendo de "alto risco" de se tornarem uma ameaça aos EUA e seus aliados se soltos sem reabilitação e supervisão adequadas.
Os documentos, preparados durante a administração Bush, também indicam que um terço dos 600 detentos já mandados para outros países também eram classificados como de alto risco antes de serem libertados ou passados à custódia de outros governos, de acordo com o New York Times.
Os dossiês ainda mostram que erros nas operações de inteligência em zonas de guerra levaram vários inocentes para a prisão, especialmente por contundi-los com outras pessoas. Os documentos não comentam o uso de táticas severas de interrogatório, principal motivo das críticas contra Guantanamo.
O presidente dos EUA, Barrack Obama, prometeu fechar a prisão na base naval de Cuba, mas ela permanece em um limbo legal. Representantes do governo Obama condenaram o vazamento dos documentos, mas disseram que o material está desatualizado.
O porta-voz do Pentâgono, Geoff Morrel e representante do Departamento de Estado dos EUA, Dan Fried, disseram em um pronunciamento que o governo Obama tem revisado a classificação dos prisioneiros desde janeiro de 20009 e que a versão vazada pelo Wikileaks não contém os dados revistos. Morrel e Fried disseram ainda que as informações divulgadas pelo Wikileaks podem não mais corresponder à verdadeira classificação dos detentos.
Este foi o último vazamento do Wikileaks, que já publicou  documentos sobre as guerras do Afeganistão e Iraque e 250 mil documentos diplomáticos dos EUA. Bradley Manning, um soldado de 23 anos acusado de vazar os documentos para o Wikileaks está preso desde maio do ano passado.
A prisão de Guantanamo foi aberta para abrigar prisioneiros capturados na guerra do Afeganistão, iniciada pelo ex-presidente George Walker Bush logo após os ataques às torres do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001.

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