Igrejas perdem fiéis devido à insegurança
A Igreja do Rosário chegou a fechar suas portas em 2008 devido à onda de assaltos a fiéis e funcionários.
FOTOS: ALEX COSTA
FOTOS: ALEX COSTA
A igreja do Rosário, na Praça dos Leões, primeiro templo de Fortaleza, chegou a fechar as portas em 2008. A onda de assaltos a fieis, sacristãos e funcionários do templo foi o principal motivo. Atualmente, a Igreja voltou a funcionar com reservas e olho vivo.
Um dos seguranças do local, Alberto de Menezes, diz que até o cofrinho abaixo da imagem de São Francisco, logo na porta principal, é alvo constante de ladrões. “Um deles que arrumou uma chave qualquer e fica fingindo que está rezando, enquanto tenta abrir a caixa das ofertas”. Por conta da insegurança, só é celebrada uma missa por dia, às 7h20, de domingo a sexta. Sábado é fechado.
Abandono1000 fiéis frequentavam as missas especiais na Paróquia Nossa Senhora do Carmo. Hoje, devido à falta de segurança, as celebrações tiveram redução de 50% do público.
Ladrões não poupam nem o patrimônio históricoA Igreja do Patrocínio, no entorno da Praça José de Alencar, é Patrimônio Histórico Nacional e reduto de muitos católicos, mas nem por isso foi poupada pelos ladrões. Gradeada, com sensores de movimento que alertam se alguém tentar pular a grade proteção e com segurança privada 24 horas, o tradicional templo sente a redução de seus fieis.
“Durante o dia e na semana ainda temos movimento. Aqui é local para uma parada para orar, fazer promessas, mas no fim de semana ou feriado, quando o Centro morre, o movimento não existe”, comenta o padre Manoel Ferreira.
Em 1975, ele chegou a pegar em arma para defender o patrimônio da Paróquia do Patrocínio da ação de ladrões. “Naquele tempo foi fácil, mas agora é preciso mais que isso”, diz.
Coração de JesusOutra que vem perdendo grande número de visitantes é a Igreja dp Coração de Jesus, na Avenida Duque de Caxias. Para ter mais controle da movimentação, somente a porta principal é aberta. Grades protegem as outras entradas. “Toda terça-feira, na hora do sopão que servimos para as pessoas carentes, uma segunda porta é liberada, mesmo assim com a presença de segurança para que não tenhamos nenhuma surpresa indesejável”, informa uma das fieis mais assíduas do local, a dona-de-casa Edir de Paula Nascimento. São celebradas duas missas diariamente, às 7 e às 10 horas. “Depois das três da tarde ninguém tem coragem de passar por aqui”, conta a dona-de-casa Josefa Maria de Oliveira. A cena comum nos grandes templos da região central é as naves centrais praticamente jogadas ás moscas por falta de fieis.
(Diário do Nordeste)
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